segunda-feira, 6 de abril de 2009

A vida é boa (em termos relativos) - ou - Reflexões sobre a morte

Não que isso seja da sua conta ou que você se importe, mas eu estou convivendo (a uma certa distância) com uma pessoa nas últimas e percebendo a morte vindo outra vez. Só pra me dar a deixa pra escrever o texto, digamos que é alguém próximo a mim, que tem um parente próximo que já viu a luz umas três vezes, e vá lá, é algo que faz pensar.


O texto não é sobre aquelas “near-death experiences” que alguns vivem, ou sobre perder parentes, mas mesmo assim aqui vai algo que te interessa: você vai morrer, e vai passar uma boa parte da vida pensando isso. Aproveite que você não está fazendo nada mesmo e pense nisso de novo (depois de ler o que eu tenho a dizer).


Então. Eu acho que nunca tive medo de ir dessa pra uma melhor; nunca tive medo de abandonar um plano material, de conviver com a eternidade em algum lugar que eu não gostaria de estar, acabar em um nada profundo e infindável, ou reviver em outro corpo, conforme a música de alguma religião.


Porque - veja só - afinal, vamos todos morrer, cada dia é mais um dia próximo do túmulo (créditos a Roger Waters) e não tem nada que eu não tenho tanta certeza como essas frases – isso não me assusta. Pode ser momentâneo, doloroso e horrível ou durante meu sono; daqui a 5 minutos ou daqui a 90 anos, quem sabe.


Muitos trocadilhos foram pensados, mas nenhum foi o suficiente pra te fazer... morrer de rir? >.<



Mas eu tenho um medo, e esse é o medo de me arrepender; eu sou obrigado a dizer (e ser um pouco clichê), é fato. Me assusta achar que um dia eu vou perceber que eu não disse o que tinha que ter dito, perceber que eu não fiz algo que deveria ter feito – por uma simples comodidade – e me falta ar em pensar que não compensei meus erros com alguns acertos que passaram.


Uns flashbacks vindo e Benjamim Button te diria que “a vida é definida pela nossas oportunidades, as que perdemos e as que aproveitamos”, realmente, e não dá pra dizer quantos acertos vão ser suficientes para sobrepor as oportunidades que passaram (ou passarão) por mim. Pois é, e eu aqui na frente do computador. Claro, vão me dizer que ninguém vai adiante lamentando algo que ainda nem aconteceu, mas mesmo uma pessoa que passa o dia inteiro fazendo o possível e o impossível há de concordar comigo que o conformismo nesse aspecto é vital, uma vez que não dá pra prever as conseqüências de cada momento, saber exatamente o que fazer.


Agora, convenhamos: a vontade de ter a resposta ainda está lá, não importa em que consenso eu vou chegar comigo mesmo. Ainda tenho a dúvida e espero pra ver quem vai nos responder: em que ponto da nossa existência será o ápice? Por onde procurar a solução (e mesmo qual exatamente é o problema)? Alguma igreja, alguma droga, uma profissão, um ideal, uma meia-verdade ou uma vida inteira sem se importar?


Nos meus humildes 16 anos, eu penso que não tenho a menor idéia e você também não. Pense nisso, mas só pra ver que é bom estar vivo (uma rápida comparação e você percebe os prós). De qualquer forma, se alguém me perguntar, fui ver as nuvens passando, lembrar da alvorada e esperar o crepúsculo. Assim que der, eu volto a pensar o que eu quero ser “quando crescer” e me voltar à rotina, ouvindo minhas músicas e constatando que talvez seja melhor parar de pensar tanto sobre isso; talvez eu acabe louco. Como eu estou pra citações, vai uma célebre, de Marta Suplicy: “Relaxa e goza (...)” :)


Mp3: Matt White – “Love”

Mp3: The Cure – “Inbetween Days”


Resumo pro Volkmann: Todos vamos morrer, menos o Geraldo. Reflita e viva, faça o que você gosta, porque na vida tudo passsa, não importa o que tu faç... Tá, parei.

6 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. A clássica crise existencial de todo e qualquer ser-humano em plena atividade racional: O que diabos eu to fazendo aqui?

    Normal sair por ai perguntando isso a pessoas mais inteligentes e vividas (ou que se dizem ser).

    Acredito que no final nada do que vai acontecer depois da morte realmente importa no momento, afinal, a vida é agora. Por isso a filosofia "Carpe Diem" é uma boa aposta, você vai aproveitar ao máximo tudo o que você tem para aproveitar (o que me faz lembrar a filosofia do Satanismo "La Veyano", que diz que a vida é agora e não depois).


    Porém, como Afonsinho ja disse: O que 5 inúteis de 16 anos sabem sobre o sentido da vida?

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  3. >>>>"...O que 5 inúteis de 16 anos sabem..."

    esse não é o ponto, newfag. você está num blog, vamos lembrar.

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  4. Muito bom o texto. Parabéns.

    ps: o blog todo está muito bom

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  5. AAAAHAHAHAHAHAHA QUE DROGAAA EU DOU MTA RISADA COM OS RESUMOS PRO VOLKMANN!!!

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  6. então se liiiiiiiiiiiiiiiigue!
    busque felicidade, pra existir história tem que existir verdade. EHAUHEAUHEAUHEAUHEAUHAEUHEAUHEAUEHUEAHEUAHE

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